As juízas Marcela Lobo e Michele Amorim, do Tribunal de Justiça do Maranhão, integram o time de 16 magistradas pesquisadoras que vão participar de um projeto de pesquisa desenvolvido pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Escola Nacional de Formação de Magistrados (Enfam) sobre o perfil das mulheres magistradas no Brasil. A pesquisa abrange filiadas de todos os cinco ramos da Justiça brasileira: estadual, federal, trabalhista, eleitoral e militar.

Serão mapeadas, nos 90 tribunais do Brasil, as perspectivas de participação feminina no segundo grau e nos tribunais superiores até 2030, sob o enfoque do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável n. 5 da Agenda 2030 da ONU (ODS 5: Igualdade de gênero – alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas).

Um acordo de cooperação técnica entre a AMB e a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM) para a realização da pesquisa foi publicado no Diário Oficial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), na última quarta-feira feira (19).

A juíza Marcela Lobo destacou a importância da pesquisa da AMB e Enfam para a Magistratura:

“É compromisso do Poder Judiciário, com a incorporação da Agenda 2030, promover a equidade de gênero, inclusive dentro de seus quadros. Investigar a participação feminina, contribuir para conhecer o perfil das juízas e discutir o acesso aos órgãos colegiados, desejosas de que possamos contar com uma maior participação de mulheres no segundo grau e nos tribunais superiores, inspira-nos como propósito da pesquisa. Somamos, assim, esforços para que possamos ter um Judiciário cada vez mais plural e inclusivo”, disse a magistrada.

A pesquisa será realizada a partir de um projeto apresentado pela juíza Eunice Prado, do TJPE, pela primeira vez em 71 anos de existência da AMB.

“Nós, mestrandas na primeira turma da ENFAM, as primeiras juízas do primeiro mestrado profissional de uma escola judicial no mundo, vamos juntas desenvolver essa pesquisa, além da pesquisa individual de cada uma, produzindo conhecimento científico em prol de um Poder Judiciário com mais igualdade de gênero e participação institucional feminina”, afirmou a juíza Eunice Prado, que também é diretora da AMEPE e membro da AMB Mulheres.

A magistrada convidou todas as colegas do mestrado para compor o grupo de pesquisa, a ser desenvolvida coletivamente pelas mestrandas, com a participação da AMB Mulheres e do Centro de Pesquisas Judiciais da AMB.

Sob a orientação da Professora Doutora Priscilla Costa Correa, do TRF2, o time de 16 pesquisadoras será composto pelas seguintes juízas:

1. Adriana Coningham (TJMT);
2. Adriana Nóbrega (TRF5);
3. Audrey Kramy (TJPB);
4. Carmen Ramajo (TJPR);
5. Claudia Catafesta (TJPR);
6. Cristina Vieira (TRF4);
7. Daniela Bandeira (TJRJ);
8. Daniella Prado (TJRJ);
9. Eunice Prado (TJPE);
10. Fabiane Saraiva (TJRS);
11. Ítala Colnaghi (TJGO);
12. Lívia Borba (TJMG);
13. Marcela Lobo (TJMA);
14. Mariana Yoshida (TJMS);
15. Michelle Amorim (TJMA);
16. Raffaela Sousa (TRF1).